Utilização de Silagem de Grãos na Alimentação de Ruminantes
O uso de grãos como milho e sorgo para dietas de ruminantes já é amplamente dominado, contudo, existe uma técnica que vem se tornando cada vez mais comum nas propriedades brasileiras devido aos benefícios proporcionados por ela. Trata-se da silagem de grão úmido ou reidratado. A exemplo da silagem convencional, a silagem de grãos permite […]
O uso de grãos como milho e sorgo para dietas de ruminantes já é amplamente dominado, contudo, existe uma técnica que vem se tornando cada vez mais comum nas propriedades brasileiras devido aos benefícios proporcionados por ela. Trata-se da silagem de grão úmido ou reidratado. A exemplo da silagem convencional, a silagem de grãos permite a conservação do alimento por longos períodos, com baixo custo de estocagem e com baixo risco, fazendo com que o produtor consiga travar o preço de um dos ingredientes da dieta ao longo do ano. Porém a maior vantagem está relacionada ao aumento da digestibilidade do amido, proporcionada pela ação dos microrganismos durante o processo fermentativo. E por fim, outro fator relacionado ao sucesso dessa tecnologia é a acessibilidade a produtores de todos os tamanhos.
Quando falamos de silagem de grãos, um conceito que muitos confundem é o de silagem de grão úmido e silagem de grão reidratado. A silagem de milho grão úmido consiste na colheita do grão na lavoura após atingir sua maturidade fisiológica, ou ponto da linha negra, para posterior moagem e ensilagem. Já no caso do grão reidratado, o grão de milho ou sorgo seco é moído e misturado com água até atingir teor de umidade próximo a 35% para poder ser ensilado. Ambas as técnicas aparentam ser muito parecidas, mas tem diferenças importantes, principalmente no que diz respeito ao planejamento e operacionalização do processo.
Grande parte dos segredos para o sucesso da tecnologia no campo estão em alguns pontos críticos na sua confecção e manejo. O primeiro deles é a escolha do tipo de silo e dimensionamento, que deve ter como métrica principal o número de animais que serão alimentados, a quantidade média consumida por animal e o período de utilização. Em segundo, mas não menos importante, o teor de umidade do material. Sendo grãos úmido ou reidratado, o material deve estar próximo a 35% de umidade. Um bom parâmetro prático para checagem desse aspecto é o teste do bolinho, onde ao apertar o material na mão ele forma um bolo íntegro, umedecendo levemente a mão. Caso escorra água é indício de excesso de umidade, e caso o bolinho esfarele é sinal de baixa umidade. Outro ponto essencial é a granulometria de moagem do material. Em termos gerais, granulometrias mais finas tendem a ter digestibilidade superior e ter melhor eficiência na reidratação, porém diminuem o rendimento operacional do processo. Seguindo com os pontos importantes, temos a compactação, inoculação e vedação, que serão responsáveis pela boa conservação do material. E por último, o manejo de retirada do material, ponto que muitas vezes é o mais negligenciado pelos produtores. Retirar uma quantidade adequada de material do painel, de forma homogênea e diária, além de manter o ambiente do silo limpo, são essenciais para evitar perdas e manter a qualidade nutricional do alimento.
O uso de silagem de grãos na dieta de vacas em lactação se mostrou extremamente interessante devido ao impacto positivo do aumento da disponibilidade de amido fermentável no rúmen na produção de leite das vacas. Contudo, a maior vantagem é observada no amento da eficiência alimentar de dietas contendo silagem de grãos devido a maior digestibilidade desse ingrediente. Em termos bastante práticos, podemos exemplificar que uma vaca alimentada com 1 kg de silagem milho grão reidratado, terá o mesmo desempenho que uma vaca comendo 1 kg de fubá, sendo que para produzir 1 kg de silagem de grão reidratado foram gastos apenas 0,750 kg de grão seco moído. Efeito semelhante pode ser observado em dietas de gado de corte, onde os animais em engorda têm alto ganho de peso vivo e de carcaça sem, muitas vezes, aumento de consumo, pois o alimento que está sendo fornecido é mais concentrado do ponto de vista energético. Dados de alguns confinamentos mostram que os animais consomem aproximadamente 1,5kg/dia de matéria seca a menos com uso de grão úmido quando comparado ao uso de milho moído seco na dieta. Se o período de confinamento for de 100 dias tem-se 150kg de MS economizadas por animal, o que representa maior eficiência e consequente maior lucratividade.
Fica evidente que essa tecnologia possui inúmeros benefícios, acompanhando essa tendência, a Coopercitrus possui em sua linha de nutrição animal diversos produtos específicos para o uso em dietas de gado de leite e de corte contendo silagem de grãos. Para saber mais detalhes, procure nossa equipe técnica e comercial.
Simone Passanezi de Almeida
simone.passanezi@coopercitrus.com.br
Encarregado pelo tratamento de dados da COOPERCITRUS e empresas ligadas privacidade@coopercitrus.com.br
O site da Coopercitrus usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações de cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.
Cookies Estritamente Necessários
Deve estar ativado o tempo todo para que possamos salvar suas preferências para as configurações de cookies.
Se desativar essa opção, não poderemos guardar as suas preferências. Isso significa que toda vez que você visitar este site, precisará ativar ou desativar os cookies novamente.
Cookies de Terceiros
Este site usa o Google Analytics para coletar informações anônimas, como o número de visitantes do site e as páginas mais populares.
Manter esse cookie ativado nos ajuda a melhorar nosso site.
Please enable Strictly Necessary Cookies first so that we can save your preferences!
Política de Cookies
Utilizamos cookies para lhe proporcionar a melhor experiência no nosso site.
Saiba mais sobre quais cookies estamos usando em POLÍTICA DE PRIVACIDADE E COOKIES.