O Brasil ultrapassou, em novembro, uma nova marca histórica na potência instalada de energia solar, alcançando 22 gigawatts (GW) com a soma da capacidade das usinas de grande porte aos sistemas de geração própria de energia elétrica em telhados, fachadas e pequenos terrenos, o equivalente a 10,8% da matriz elétrica do país. Segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), […]
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O Brasil ultrapassou, em novembro, uma nova marca histórica na potência instalada de energia solar, alcançando 22 gigawatts (GW) com a soma da capacidade das usinas de grande porte aos sistemas de geração própria de energia elétrica em telhados, fachadas e pequenos terrenos, o equivalente a 10,8% da matriz elétrica do país. Segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), de janeiro ao início de novembro deste ano, a energia solar cresceu 59,4%, saltando de 13,8 GW para 22 GW.
A expectativa é de que, em breve, a fonte ultrapasse a capacidade instalada da energia eólica, atualmente em 23,2 GW, passando assim à segunda posição na matriz elétrica brasileira.
“Nos últimos 150 dias, o ritmo de crescimento tem sido de praticamente 1 GW por mês, o que coloca a fonte na terceira posição da matriz elétrica brasileira”, informou a Absolar. O crescimento, porém, vem sendo impulsionado pela geração própria de energia. São praticamente 15 GW de potência instalada da fonte solar, o que equivale a investimentos de cerca de R$ 82,9 bilhões desde 2012, quando essa energia começou a crescer no país. Já a fonte solar centralizada, representada por grandes projetos adquiridos em leilão de energia do governo, somam 7 GW de potência instalada, ou investimentos de cerca de R$ 31,2 bilhões.
De acordo com a Absolar, desde 2012, a fonte solar já trouxe ao Brasil R$ 114,2 bilhões em novos investimentos, mais de R$ 35,7 bilhões em arrecadação aos cofres públicos, e gerou mais de 660 mil empregos acumulados. Com isso, também evitou a emissão de 30,6 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade. Segundo o presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia, o crescimento da fonte fortalece a sustentabilidade e a competitividade dos setores produtivos brasileiros.
“Finalmente, o Brasil acordou para a energia solar e seus benefícios, cujo crescimento acelerado colocará, em breve, a fonte fotovoltaica na segunda posição da matriz elétrica nacional”, afirmou, ressaltando que a fonte ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica do país, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco de ainda mais aumentos na conta de luz da população.
A corrida para a instalação de sistemas de energia solar se deve, em grande parte, ao acordo firmado entre o Congresso Nacional, o Ministério de Minas e Energia (MME), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e as entidades representativas do setor pela Lei nº 14.300/2022, que garante a manutenção das regras atuais do setor até 2045 aos consumidores que solicitarem o parecer de acesso de sistemas de geração própria renovável até 12 meses da data de publicação da lei, prazo que vence em janeiro de 2023.
Fonte: Exame